De gripe a dengue: como SC atingiu ‘superlotação’ com 92% dos leitos de UTI ocupados

Santa Catarina está com 92,15% de ocupação dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) nesta terça-feira (18). Os dados são da SES/SC (Secretaria do Estado da Saúde de Santa Catarina).  De acordo com os dados, apenas uma região está abaixo dos 90% de ocupação de leitos. A região sul, está com 82,46% de ocupação nas Unidades. Os dados mostram ainda que há 97 leitos disponíveis para todas as regiões do Estado.

Afinal, quais as doenças?

Segundo a SES, as doenças sazonais são as que estão aumentando a taxa de ocupação dos leitos. “Hoje temos gripe, doenças respiratórias, bronquiolite e dengue”, explica a pasta. De acordo com o último boletim com os números da dengue no Estado divulgados pela pasta, 86.811 pessoas já foram infectadas com a doença em Santa Catarina. Desses, 77.938 são autóctones (transmissão dentro do estado) distribuídos em 122 municípios de Santa Catarina, sendo que 37 municípios atingiram o nível de epidemia. A cidade que lidera o número de casos de dengue no Estado continua sendo Joinville, com 25.918 pessoas infectadas. Em seguida está Florianópolis, com 14.522, e Palhoça, com 11.507.

Doenças respiratórias impulsionam leitos

De acordo com a FioCruz (Fundação Oswaldo Cruz), que realiza o estudo do boletim “infogripe” com dados de doenças respiratórias em todo o Brasil, Santa Catarina está em “estabilidade” em relação às doenças. O boletim apontou que em Santa Catarina, foi constatado casos positivos para rinovírus e metapneumovírus – um dos vírus mais frequente nas infecções do trato respiratório em crianças.. Os dados referentes aos resultados laboratoriais por faixa etária revelam  queda do predomínio dos casos positivos para Covid-19 em todas as faixas etárias da população adulta. Na população de 15 a 49 anos e de 50 a 64, o volume de casos positivos para influenza A nas semanas recentes é similar ao reportado para Covid-19. Já a partir de 65 anos, segundo o estudo, o predomínio de Coronavírus ainda é claro, embora mantendo sinal de diminuição, enquanto o percentual associado aos casos positivos para influenza A mantém sinal de avanço em boa parte do país. No entanto, já se observa indícios de possível interrupção no aumento de ocorrências de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) associados ao vírus influenza. A análise aponta ainda que  entre as crianças pequenas se mantém o predomínio de casos associados ao VSR (vírus sincicial respiratório), dando lugar ao influenza A à medida que a idade avança ao público jovem. (ND Mais)

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